
À Margem da Vida
Data 23/05/2008 18:22:05 | Tópico: Poemas -> Tristeza
| A margem da vida, curvou-se o meu corpo Joelhos grotescos, dobrados e aflitos Sofreram no chão, insensível a dor.
Em águas escuras pelo tempo maldoso Procuraram os meus olhos por uma réstia esquecida Tentaram encontrar-me nesse rosto cansado Resgataram lembranças, poucas, apenas
Na superfície tranqüila em que repousa a tristeza Houve um brilho imaginário Ou uma lágrima de luz
Eram distantes recordações De papai e de mamãe De poucos risos; de muitas emoções
Era manhã de primavera Era o início de tudo Era o princípio deste fim Era o luto desnudo
Lágrimas embebiam ao espírito carente Noite fria e maldita, agora crescente Foi linda a breve manhã, sorridente E horrenda a longa noite, descrente.
Juarez Florintino Dias Filho
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