
Disparo
Data 23/05/2008 10:41:30 | Tópico: Poemas
| Odeio-vos. Quero-vos mal. Não estou totalmente indiferente a vocês. Quero que sofram. Merecem rastejar sem saber para onde. No meio da lama e do caos. Respiram merda. Expiram podridão. Seres minúsculos com antenas de ignorância. Conspiradores de actos tristes. Repugnantes. Definitivamente inferiores. Arraso a minha calma e senso só de pensar na vossa existência. Moralistas. Hipócritas. Exemplo máximo de um povo, de uma maneira de estar. Corrompidos pela desgraça iludem-se com estatutos. Salvaguardam os corpos e réstias de alma com rituais dominicais enganadores. Mas não estão sós, há mais exemplares dessa vossa espécie mesquinha, consumindo agentes poluidores mentais. E não se cansam. Dependentes de uma independência lirica. No bilhete de identidade os anos passam. Mas na cabeça cada vez mais escassam. Protegem-se. É normal. Mesmo na desgraça não querem tar sozinhos. Pois, como devem saber, De mim, Já só verão a sola do meu sapato.
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