
Poesia em dia de chuva
Data 22/05/2008 11:49:51 | Tópico: Poemas -> Esperança
| Por onde andei? Perdido em devaneios, Agarrado a volteios, Para sempre perpétuos. O que sofri? Insensível, impenetrável, Desumano sempre amável, E com todos, trato afável. De que fugi? Alegre cornucópia, ao vento, Evadida sem lamento, Nunca olhando para dentro. O que penei? Desde um primórdio, Mergulhado em purgatório, Medindo-me, sempre inglório. O que não fiz? Na inépcia emaranhado, Em triste boémia parado, No sofá da vida curvado.
O que hei-de fazer? Amar, E deixar o mundo girar.
A vida sincroniza-se com o Universo, de forma espontânea, sem necessidade de qualquer esforço. Temos para isso, de nos sentir, deixar nosso coração aberto, libertando o ego. Crescer em contínuo, atentos ao cumprimento das nossas obrigações, para com a força Geracional, acertando o nosso movimento à ressonância do espaço-tempo. Há que aceitar o bom e o mau, prémio e pena das nossas acções, e sobretudo perdoar, tudo e todos, e também a nós mesmos, com humildade. Há que confiar no futuro, aceitando os desafios com que nos coloca à prova, descobrindo a nossa convicção de sermos livres. Há simplesmente, que amar, e deixar o mundo girar.
Garrido Carvalho
Abril ‘08
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