
SERENATA DE OUTRORA
Data 19/05/2008 20:44:27 | Tópico: Poemas
| SERENATA DE OUTRORA
Avança a noite, silenciosa... madrugada fria! Distante, ouve-se uma maviosa voz a cantar; Um cancioneiro, apaixonado e triste, espargia, Trovas de amor para a dileta amada extasiar.
Da sua janela avistava-se uma luz em clarão, Que a jovem fazia em constância se notar, Serenata de amor, sob esplendorosa canção, E o trovador em deleite, iniciava o versejar.
Em lentidão, a lua cheia no céu transparecia, Deferência do luar ao apaixonado seresteiro, O som do pinho, melodia que sua diva ouvia, Acordes divinais para um amor alvissareiro.
Musical nostálgico com requinte de fagueiro, Fazia do cupido fonte de toda sua inspiração, Arpejo ditoso o seu mais fiel companheiro, Aos braços d’amada entregava seu coração.
Quem não se lembra das antigas serenatas, Ou nunca ouviu do menestrel o seu cantar, Não sabe como é lindo o amor em cantatas, Poemas que os jograis passavam a recitar.
Se hoje ouvir a voz sentida de um trovador, Com toda certeza há de muito se encantar, Como românticas eram as frases de amor! Nos idos tempos das donzelas a enamorar.
Seresta! Hoje já não tenho mais o que falar, Saudades dos tempos enlevados de outrora, Recordatórios momentos... passo a lembrar, Da felicidade que somente vim sentir agora!
Rivadávia Leite
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