
A geração ansiosa
Data 24/04/2025 19:23:59 | Tópico: Poemas -> Intervenção
| Nascemos com os dedos prontos pro toque, Mas esquecemos onde repousa o coração. Vivemos clicando promessas que não chegam, E desejamos paz com a tela ainda acesa. Dormimos com a mente em grito, Sonhamos com um descanso que nunca vem. Cada suspiro é cálculo, Cada passo, performance. Ser virou tarefa. Sentir, um erro de sistema. Queremos tudo, agora. Mas o agora sempre foge. Corremos atrás de um tempo que já passou, E o futuro nos olha com olhos de dívida. Somos filhos do excesso, Órfãos do presente. Carregamos o mundo no bolso Mas esquecemos o próprio nome. Na fila do café, No scroll infinito, Na espera do que não sabemos Ali moramos. Ali nos perdemos. Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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