
Não sei...
Data 24/04/2025 02:03:57 | Tópico: Poemas
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há dias em que a Alma não nos sai pelos dedos, mas em que nem as palavras nos saem dos dedos abrimos páginas alheias ao acaso e tentamos encontrar-nos por ali por entre os ditames desconhecidos [eu]
Não sei se saberei descrever o vício das mãos. Sei, amor, que das asas dos pássaros tiraste o entendimento e pelo desejo ardendo no sentido da pele reabres essa flor que os espantos floresce. Absorvida em ti, me consumo no ritmo lento de esperar a consumação dos dedos na fogueira que o amor descreve.
Entras pelas mãos no meu vício e nele ficamos os dois retidos na mesma insinuação. Nada mais nos sobra que a memória desse instante: Consumidos de sóis ardentes, reapoderamo-nos das luzes tácteis que o coração das sombras nos permite.
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