SONOLÊNCIA

Data 11/04/2025 13:46:08 | Tópico: Sonetos

SONOLÊNCIA

D’olhos pesados, mal distingo o dia
A alvorecer por frestas de persiana.
Vem claridade ardendo-me a pestana,
Sem que inteiro desperte, todavia.

Tateio até o banho, cuspo à pia
E vejo a água sumir na porcelana.
Enquanto a mente enfim se desengana,
De quanto o sonho nutre a fantasia.

N’uma semiconsciência bocejante,
Preparo o meu café com pão dormido,
Mas sigo contra as luzes, relutante.

Ainda assim, o sol que ora invalido
Há-de me acompanhar, instante a instante.
E eis-me em péssimo humor amanhecido…

Betim - 10 04 2025




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