
Regresso
Data 28/03/2025 19:11:31 | Tópico: Poemas
| Não tenho domínio do inseguro Do desespero que me aflige Da mordaça que me abafa Que cala a voz trêmula Que insiste em me silenciar.
Talvez eu tenha perdido O Sol se pondo pela janela Mas deixarei a porta aberta Caso você queira regressar.
Minhas esperanças adormecem Mas aguardo o retorno do ramo da paz Vindo de algum bico da Ave alvejante. As águas diluvianas tendem abaixar Após recuarem para o leito natalício. As águias americanas Tendem a fazer pouso... Num outro lugar.
Minhas esperanças estão repousadas Na Caixa de Pandora. Ninguém está de todo abandonado. Do outro lado da rua, alguém acena e sorri. Do lado de cá, as açucenas estão impedidas de florir.
Os homens merecem o perdão divino Pois são crianças adultas e não sabem O que fazem. Pai, por favor, perdoai.
Não vanglorio de estar do lado vencedor. Pelo conteúdo, eu me sinto constrangido. Ouça o que lhe digo Meu irmão, meu amigo: Meu amante não é seu inimigo.
Apenas sonhamos sonhos diferentes Já que adormecemos noutro sítio, Em camas separadas e distintas E quando acordamos percebemos que o domingo foi de chuva.
O riso contido é o choro confesso. O abraço não dado é o beijo que se espera. Veja como se comporta a animália E aprenda com ela a arte de ser feliz.
Hoje resolvi dormir mais cedo. Vou deixar entreabertas as persianas. Amanhã de manhã beijo o primeiro Sol. Desejo do fundo do peito que esteja comigo.
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