
O paradoxo da urgência
Data 27/03/2025 19:07:34 | Tópico: Poemas -> Intervenção
| Corremos, corremos, sem pausa ou porquê, Mas nunca nos perguntamos: corremos pra quê? O tempo escorrega entre dedos aflitos, E os dias se perdem em passos restritos. O agora sufoca, o amanhã nos consome, O relógio nos grita, nos cobra, e some. A pressa é constante, o destino é nublado, Um ciclo infinito, um rumo apressado. Queremos o topo, queremos o mais, Mas quando chegamos, queremos a paz. A paz que deixamos, perdida na estrada, Trocada por metas, e uma agenda lotada. Se o tempo é dinheiro e a pressa é um vício, Quem dita o preço desse sacrifício? Se o fim é incerto e a pressa um engano, Por que não sermos um pouco mais humano? Então eu te pergunto, em meio a essa corrida: Que tal desacelerar e sentir um pouco a vida? Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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