A Emmanuel Santiago

Data 27/03/2025 12:45:50 | Tópico: Sonetos

O que crava o dente na carne
do tempo se verte, em sangria,
numa ars poetica, inflamada,
por suas fantasmagorias.

Compões os teus versos, e a mente
aprende, dentro deste assombro,
a mirar, no escárnio inclemente,
o círio velado entre escombros.

Cita o putrefato da fruta,
que introjeta toda a beleza
insuspeita na própria escuta.

E dos fantasmas examinas,
dentro do mausoléu do tempo:
a Casa do Carmo de Minas.


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