
Para Cristina Pinheiro Moita - Mim (94ª Poesia de um Canalha)
Data 19/03/2025 18:26:51 | Tópico: Poemas
| De olhar frio intenso no vazio imenso Agastado pelas noites sem mais dias Navegou um chão de pedras infinitas No peito um incenso e orgulho tenso Degustado pela fome das vozes frias A esvoaçar no eco das coisas bonitas
A vida sabia a livros acabados de ler Ou à história folheada em lauda alva Adoçada por méis suaves de inverno Que os rubros lábios deixaram viver Por vezes no olhar da estrela d'alva Aqui em ti, em mim de amor eterno
Todo o resto era só o que ali faltava A dor morta de medo à flor da pele O corpo cansado de ser só mais um Num outro mar que nunca acabava E s'afogava intemporal e impossível Imemorial como foi tempo nenhum
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