Bula

Data 05/03/2025 14:02:33 | Tópico: Poemas -> Reflexão

Tal qual anéis de madeira – círculos cortados,
que não perdem o núcleo –
almas orbitam, confundindo-se às estrelas,
como se coladas ao céu por mãos de infância,
dando a impressão de dobrar além de Órion.

São Pedro esqueceu-se dos portões – no Paraíso
sentado aos pés de Bandeira,
entretecido com vossa Pasárgada.

Deus sustenta a eternidade nas mãos,
azar de quem apressou a colheita
– em tempos de semeadura,
eis o melhor a ser feito:

ouvidos ao rumor das ternuras,
olhos às espirais:
onde brotam-se constelações
de uma única palavra.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=377004