CASARÃO

Data 26/02/2025 13:19:28 | Tópico: Sonetos

CASARÃO

Junto do parapeito da janela,
Miro e remiro o largo citadino.
Há n’esse meu mirar algo menino,
Que mais dentro que fora se revela.

Miro e remiro a velha cidadela,
Enquanto ao parapeito escuto o sino.
Há n’esse meu mirar um desatino,
Cujo encanto profundo me desvela.

A lua sai detrás da serrania
E logo a rua toda parecia
Banhada em fantasia enevoada.

Há n’esse meu mirar algum proveito:
Eu, da janela, junto ao parapeito,
Miro e remiro a noite enluarada.

Betim - 25 02 2025



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