Sob a Pele

Data 17/02/2025 04:05:37 | Tópico: Poemas

Nas horas de silêncio, sem a carícia da palavra,
o mundo entorpece e transborda
nestes olhos embriagados, que chovem ao encarar a própria pele.
Descansando os porquês, no sorrir de rosto inteiro,
que é mais resistente do que alegre.

Um lembrete do que não é visto,
uma memória do que está por vir, um sentir nos ossos,
na medida exata que salva o minuto.

Um futuro passado, que acabado principia,
que acontece, mas não vive,
que completa, mas falta, que corre, mas fica.

Daquilo que pulsa,
da vida que mata até que vinga.


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