Para HelenDeRose (80ª Poesia de um Canalha)

Data 05/02/2025 18:17:30 | Tópico: Poemas

A poesia sangrada pura
Escorrida de pedra dura
Ia fermosa e não segura
Que da mulher insegura
Doce mel em vil tortura
A chorava de amargura

Tanto bate que até fura
Vive e a lápide perdura
Céu tingido de candura
Por pincel que o rasura
Com tua palavra futura
Que um doido murmura

De duvidosa estrutura
Orava com tinto o cura
A lengalenga que dura
O alquimista tinha cura
Desta farsante aventura
Em noite de lua escura

Não saboreava a cultura
Do broto da escravatura
Ido no medo da bravura
O que vida à morte jura
Julgava numa boa altura
Lágrimas mães d'agrura




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