Fragmentos de silêncio

Data 04/02/2025 10:10:13 | Tópico: Poemas



São agora ramos segmentados
galhos secos atravessados de penumbra.

Olho-os e vejo pretéritos
ainda formas esguias
sob(re) os verdes
[ que permanecem ]
cobertos de metáforas.

Penso no que peço
despeço-me do que pediria.

Assomam pétalas por
entre arremessos de inverno
são quase nenhumas
as aves que me aquecem.

A geada queima o verso
desintegra o corpo do poema.

Talvez já não saiba
o lugar das palavras

e todas as coisas sejam murmúrios
a empurrarem as mãos
para o olhar fragmentado do silêncio.





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=376561