
O saber resgatado da memória
Data 04/02/2025 00:38:39 | Tópico: Poemas
|  Ó doutor do nada, Engole tua batina do vento E caia fora do estrelado, Não amarre tempo ao tempo
Despe-te de versos loucos E dê língua à tua língua. Não embacie botas lambidas Com tua língua babada
Ó doutor do vento, Falar de letras É pra quem sabe semear o saber, E não, um jumento de orelhas tortas
Se tua poesia fosse só poesia E não o saber resgatado da memória, Não terias nenhuma estrela Em teu mundo de bajulador
Falar do reverso do verso Em teu iletrado dizer, É ostentar tua ignorância No mundo das letras que nunca conheceu
Ó juiz jurado De batina emprestada, Vinde a mim com teus miolos rasos. O julgamento é agora ou nunca
Adelino Gomes-nhaca
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