
Para Abissal (78ª Poesia de um Canalha)
Data 31/01/2025 17:43:55 | Tópico: Poemas
| Daqui já nos cheirava o triste mundo a mofo Deixava-lhe no avesso nuas mãos revoltadas No chão com desprezo de gente sem apreço Estrelado, listado, martelado, foi-se o balofo O senhor e o escravo que te dava chicotadas Nos olhos afogados de lágrimas que esqueço
Meia esquerda direita quase central e visceral Tatuada naquela colorida imagem subliminar Do mimo idiota que gargalha por tuta e meia E depois se enfia em bolhas de silêncio sexual Que rebentam na escarpa que fundida no mar Se desmorona ao som desta revolução plebeia
As adagas trespassam peitos irmãos inocentes Dois a dois, três a três, quatro a quatro e mais Despejando moedas no regaço das carpideiras E o caviar fazia salivar essas bocas indiferentes Barrado na pobreza dos seus infelizes animais Que debulham desta vida as suas sementeiras
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