Soneto do homem proletário

Data 19/01/2025 11:53:25 | Tópico: Sonetos



Meu rosto proletário e jacobino
De rugas vai se enchendo tão cansado.
Na fronte, vejo linhas conformado
A perder mais um dia citadino.

Na vida, me impuseram figurino
Que visto só, anônimo e explorado,
Porque não luta o povo alienado
Que um dia quer virar um girondino.

Me empenhei, mas não vi qualquer mudança.
Inútil pareceu todo o ideal
No qual cria repleto de esperança.

Aos poucos, vou chegando ao meu final.
Não posso mais lutar nem ser criança
E vivo eternamente desigual.


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