Assassinos da Verdade

Data 18/01/2025 15:09:14 | Tópico: Poemas


No resto dos dias
Que me restam,
Rejeitarei às inverdades
Que se vende por aí

Em meu cabelo branco de neve,
Jamais soprará
O vento da mentira,
Que se vende n’olho da praça

Descaradamente…
Se vende mentira
Na frescura dos tribunais,
Que abafam os ais
Dos mendigos do cais

Mentira na cara
Dos sem vergonha,
É a campa que se prepara
Pra enterrar o certo
No cemitério das bocas fofas

Nos tribunais de leis leiloadas
Nas feiras das inverdades,
A verdade e ré
E a razão, a corda da forca

Revoltado…
Levarei pra touca,
Todas as batinas e tocas dos juízes,
Assassinos da verdade

Adelino Gomes-nhaca


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