Estranhas divagações
Data 18/01/2025 12:53:16 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Insidiosa maneira de ver o mundo Na íris dos olhos arrancados E nos escalpos carregados nos ombros Tal como faziam os antigos Vendedores de alhos gritando pelas ruas Os andarilhos do tempo Ecoam suas maldições nas redes sociais.
O amaldiçoado rei não tem pai Nem mãe para perturbar os seus filhos São as escórias de uma sociedade em ruínas E respiram o mesmo ar que nós Poluindo as narinas dos que tentam Sobreviver em meio ao caos Sem perceberem a fatalidade horizontal.
O que expresso aqui é uma ode ao destino Um diálogo comigo mesmo Para dissipar as estranhas divagações Que me ocorrem invariavelmente Todas as vezes que vejo esses ultrajes A derrocada do tempo Nada mais é do que o desespero humano.
Me falaram que viram perambular Fantasmas pelos becos desérticos De lugares insalubres que não se pisam Sem correrem o risco terrível da morte Mas mesmo assim eles insistem Percorrerem as casas abandonas no tempo Na esperança de renascimento.
Desculpe-me a sinceridade do pensamento Mas é preciso ir além do óbvio Do que é filtrado pela sociedade Para manipulação da maioria absoluta Que perambulam como ovelhas doutrinadas A seguirem um ritual esdrúxulo Que contamina as mentes dos ingênuos.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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