
Para MarySSantos (65ª Poesia de um Canalha)
Data 06/01/2025 10:57:49 | Tópico: Poemas
| O odor acinzentado e solto deste vento Abraçado nas asas dos pássaros loucos Que voam pelas nuvens sem harmonia Atira-se qual folhas ao tempo tão lento Feito de ponteiros trocados aos poucos E desses sorrisos que no inverno trazia
A chuva era como um rio só e insensato Sem rumo ou margens para me segurar Cambaleado nos ecos das suas árvores Que chorava deitada nesse chão gaiato A correr e a chover por aqui sem parar Até que ninguém a visse entre as flores
Eu à janela a ler pássaros teus e meus Desses que fui escrevendo nuns versos E que depois cego lia d'algumas pedras Segui a corrente num acenar de adeus Só entre dois ou três passos dispersos E não sei quantas mais paixões vedras
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