Trothamundo

Data 28/12/2024 02:22:11 | Tópico: Poemas

o abismo nunca foi frouxo
pendura a saia
em mais um dia
de tardezinha revira o céu de azul
invocando deuses
calando o calo com açúcar
mudando a cor das farpas
conforme o arco íris
corteja o rubor do momento
afoga a hipocrisia no esperma
lança seu grito nos muros a giz
à beira de tudo
costuma marcar com o destino
em direções diferentes
no serviço de auto falante
sabe de cor o não saber
recorta sonhos das revistas
quando é véspera de asas
comete o striptease da alma

mas o vestido
sempre enrosca
no amém



Vania Lopez



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