
ribeira em rio
Data 14/12/2024 12:11:11 | Tópico: Poemas
| Absorve sob o solo de areão, rochoso, lama até ao fundo do poço, a poção, dama.
Pelos poros da pele, o suor apaga a chama que ela expele. Vibra o demais, que se serve à tona, que a terra não leva e, leve, abona.
Recusa o chão de barro mais um escarro, uma gota de saliva que seja, um drama sem ensaio que o sele.
O selo, preso na caderneta do coleccionador, dispensa o envelope e a carta, o leitor.
No planalto, a cheia não vale. No vale a ele ligado há um rio que anda e, se acidentado, corre; o acidente, ácido, manda. O lençol de água sobe, até à nascente. Sem poder mais, rompe numa fonte.
Que ela jorre, ribeira que anda e que, se abunda morre. Em rio.
|
|