Chego sempre depois da maré

Data 23/11/2024 11:19:35 | Tópico: Poemas

Chego sempre depois da maré,
Ressuscito caminhos esquecidos na areia,
Desenho mapas na memória das águas,
Que carregam segredos para a lua observar.

Piso suavemente sobre o tempo desbotado,
Revivo o que o sol e a salmoura tentaram apagar,
Nas pegadas, a história se reconta,
Um sussurro de ondas trazendo o passado à tona.

Sou a ressaca que reconstrói o castelo de areia,
A brisa que reordena os grãos em nova esperança,
E na linha tênue entre o ir e o ficar,
Encontro a essência de todas as partidas e chegadas.


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