
Eu Poema
Data 28/10/2024 20:38:20 | Tópico: Poemas
| Quando eu, poema, nasço De um regato pueril, Nas águas de Março Deságuo no Abril.
Já nasço filho bastardo De um simples rabisco De um padrasto bardo Um tanto lírico e lunático Que ejaculou um asterisco Dentro de um dicionário E, logo após o coito, Quando venho à luz Se despede de mim.
Assim o vate deduz Que sou causa do efeito E, num repente, de repente, Eu sou repatriado para o meio Ambiente igual se folha feito Fosse, ao dessabor do vento, Sem saber onde fazer morada...
Hoje, com o digital advento, Estou por toda parte, a qualquer Momento, aguadando quem me quer, Esperando alguém que me leia Entre tantos outros nessa teia Pois sou anexo embrionário De meu padrasto visionário Que liga o Reino a Aldeia...
Quando, eu poema, saio Pelo mundo, sou centelha, Brasa, qualquer sopro Me ateia Se, por acaso, eu caio É que aguardo Quem me ame Quem me... Queira!
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