Desmedidas inseguranças p'las quais escrevo Até ao fim do parágrafo o verso continua E somente fiel a mim mesmo sempre devo Numa penumbra onde vejo a mente nua
As saias de certos assuntos São momentos já singulares E por mais que ainda tenha saudade de nós juntos Sempre tivemos vidas muito ímpares
Portanto não deixo de jogar na firmeza Da certeza que tenho de que o meu caminho não é esse E mesmo tu chorando não fico na incerteza Apenas um sofrimento profundo sem achar que talvez desse
Portanto redimo-me a esta poltrona onde escrevo Todos os dias pela manhã sozinho e triste Porque a mais ninguém sei que devo A dedicação e compaixão que em mim sempre viste
Pois amar-te foi como viver sem gravidade Sem conseguir controlo dos movimentos no ar Ainda que me deixes dor e muita saudade És demasiado p'ra mim e contigo não posso ficar
Dornelas, Cadeirão António Botelho Publicado também em: https://www.wattpad.com/1488116338?utm ... er&wp_uname=AntnioBotelho
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