imperativo panteísta

Data 28/09/2024 15:01:26 | Tópico: Poemas

eis a cláusula do tempo
ama a lua nova e os juncos
defende as dunas e o sal

são as únicas causas
a merecer o teu pleito
sem alegrias nem mágoas

porque só pelo infinito
as tuas mãos de fogo
anseiam enterradas
na névoa e na espuma

ser-te-á dada a carnação dos crentes
e a certeza primeira
de que o fôlego do vento
nas tuas vestes nuas
é pão

e embriaguez
como um refúgio
contra a fadiga da ira
como certa expiação
das pastagens por percorrer


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