CHUVA QUE APAGA

Data 22/09/2024 08:20:28 | Tópico: Sonetos

A chuva bate no sustento do homem
Num encadeamento essencial
Louvam-se as preces e as águas se somem
O outrora seco agora é pantanal

E cai como ouro líquido de Deus
Tal preciosidade não se encontra
Em toda a terra nem vinda dos céus
Pois não se compra ou encontra numa montra

Bebe-se então o líquido divino
E anseia-se por mais sem aparato
E não classificado no divino

A alegria germina nasce um mato
Pois felizmente já não toca o sino
A névoa em vez do fumo belo trato


Dornelas, Mini-mesa
António Botelho
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