
Mas afinal...
Data 20/09/2024 16:09:51 | Tópico: Poemas
| Tapava os ouvidos, porque ainda que não quisesse escutar, O vento rodopiava nos tímpanos, O apito do trem não cessava, E o medo invadia...trazendo a possibilidade de uma loucura próxima.
Mas afinal, tens medo do que? A brevidade é um doce macio, E a vida, como o estalar de um dedo.
Não segures o vento, Ele escapa por toda fresta que encontra. Não retenhas as águas, Elas fluem sarcasticamente e te enganam, Mal surge a próxima curva do rio.
Retire as mãos dos ouvidos, Esqueças o português bem construído, Jogue fora os diplomas e as diplomacias.
Porque, afinal, teu medo nada significa, A não ser a tua própria debilidade, Que insiste em roubar a tua pouca sanidade...
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