Porquê? Entreguei-te tudo eu porquê? Que queres mais de mim trono de rei? Não sei, não sei. Castigas-me assim. VÊ! É tudo teu judeu. Do que não dei... Já não há o tempo sustento virei Extingues-me lento mas lesto ou mal Sangue ido peles secas me tornei Olhos molhados cansados sisal A janela, uma grade na cama Uma cancela madre em cornucópia O ar que não respiro acaba declama O som agudo e grave de uma inópia
........ Pés sentados de pé em posição santa ........ Cruz de fé na testa onde antes tanta
Fui contigo de olhos abertos presos Deixei rasto amigo de filhos certos Deixei um corpo frio e voei coesos Não levei arca ou Noé nem descobertos Só a sombra da outra vida que secou Os véus que Deus deu a escolher e são meus Os prantos do Filho que herdei e dou Os mantos da dor no fim para ateus Espera minha rainha por mim A terra quente já me descobriu O caminho em frente não terá fim Espera esfera que eu sei não fugiu
........ Procura-me verão sol campeão ........ Procuro-te em vão não vejo o teu chão
