Subestima-me

Data 05/06/2024 21:32:28 | Tópico: Poemas

-
dei-te a minha própria saliva, passageiro
um íman retentor de cativa
num cinzeiro
sozinha

sabes lá, nunca fui tua fêmea
alma gémea (cenas, por favor!)
antes escrava, morta à pancada

por outro, alguém que não me dissesse nada

(sei, sei, as rimas, as rimas; e então?
quer dizer, pró-poemas)

mas ouve, o circo não acabou. onde vais assim ligeiro?
vem cá. olha o que te espera. vê

não queres? ah, bom. vens. pensei que já não. não aguentas, não é? coitadinho, vem cá. esse pescoço. adoro. dá-mo. isso. isso. continua. vou só apertar. só um bocadinho.
adoro a tua pele nas minhas mãos. vou
só apertar… e ver
se aprendo
a matar,






Play it again, jack, and then rewind the tape
And then play it again, and again, and again
Until ya mind is locked in



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=372958