
Quando as bocas se unem
Data 22/05/2024 11:37:28 | Tópico: Poemas
| Quando as bocas se unem
Quando as bocas se unem A necessidade provém do coração Dois espíritos que se querem Com a mesma convicção
O beijo nasce da necessidade De duas bocas se aproximarem Com a mesma intensidade De querem, desejarem e de gostarem
Beijos ora rápidos e fugazes Menos ou mais envolventes Sem grande interesse às vezes Outras são tão fortes e quentes
Beija-se e até se foge dos beijos Contornam-se desejos profundos Envolvem-se, trocam-se desejos Desvenda-se a vida, sonhos difusos
Beija-se sem grande interesse Por vezes foge-se do beijo Envolve-se o sexo no desejo Deseja-se que o momento não cesse
As bocas não se desejam juntar Só os corpos sabem sentir As bocas não se querem aproximar Enquanto os corpos gritam pelo devir
O beijo nasce da necessidade De duas bocas se aproximar Eu quero ter-te, quero te dar Um beijo com intensidade
O beijo é o espelho da alma Reflexo do vibrar do coração Dois corpos que o calor acalma Ou o beijo com a mesma convicção
Beijos fugazes, ora envolventes Beijos profundos, beijos de despedida Ora intensos e quentes Ora despejados na fúria da vida
Se encontras uma boca quente É um pecado deixa-la fugir Apetece agarrá-la e unir Pela boca ambas as mentes
É possível as bocas fundir Num beijo tão intenso Entre um mar de abraços unir Dois corpos calor assaz imenso
Beijos profundos Beijos de língua Beijos de alma Beijos imundos Beijos imensos Beijos de saudade Beijos da idade Beijos longos Beijos curtos Beijos sem fim Noites sem dormir Gotas de suor a molhar os lábios Beijos longos Beijos de sonho Acordar e voltar a beijar Beijar pela necessidade De unir e de selar Um amor uma amizade Uma vida, uma idade. João Garcez 22/05/2024
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