
prelúdio harmónico
Data 12/05/2008 08:55:24 | Tópico: Poemas -> Amor
| tomar-me-ás como flor de carne burilada à tua mão de fogo de alma incorruptível de tão salgada tomar-me-ás na sinopse recta de um tempo de devir. para trás ficarão de nós convés vazios e fomes e lábios rachados no cieiro dos frios e mãos agadanhadas nas labutas marítimas dos homens e das águas.
dobrar-me-ás pelos quadris na amurada da noite com os astros a explodir ternuras na tua boca e as pernas incendiadas de desejo, dar-me-ás de presente o reverso da lua um colar de sargaço um boquet de corais (coisas simples, banais, maravilhas ancestrais)
depois colado a meu rosto, a minha boca, unos de correntes e laços no ensejo dum beijo, argutos em Pégaso celebração, sentiremos o movimento dos mares profundos no balanço genésico dos corpos na palma de Sua mão.
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