
mãos verdes
Data 18/12/2023 18:52:50 | Tópico: Poemas
| vou fazer um poema a espantar céus e terra mortais e imortais até poetas
vou escrever gradual vagarosamente letra a letra com as incertezas pungentes e incestos emocionais
levar.me a beber sorrateiramente um gin roubado, infestado de insectos com virescências sílaba tónica
apostrofar a necessidade de usar metáforas de construção das palhinhas estendidas coladas a bolor e das barbas obliteradas, dizer:
perdão foram comprados por falsificadores
(mikado, meu amor)
mas tenho que me perguntar
onde estão meus olhos límbico por entre que céu bulímico piscar e da bandeira branca a sussurrar que já não usa nem prumo ou vento deixa.se adivinhar
se da sibila disfarcei a cor meu cheiro a pinheiro despido e das brancas barbas filigrana after.shave pronto a usar, casquilhar
onde falhei?
respondem.me: porque inventaste?
agora, compreendo o céu
|
|