
PARA UMA HISTÓRIA ETERNA
Data 10/05/2008 20:26:38 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Plúmbeas palavras Que se fazem negras, tristes... Iguais ao tempo Que corre para o infinito Como uma iguana apodrecida, Ao sol inclemente, De uma morte sem fundamento.
Ouvem-se ecos metálicos; Feéricos canhões Fazendo exibição, Numa praça de mil caixões, Fazem dos sons bélicos Acordes tristes.
Não se ouvia, O pulsar dos corações telúricos, Amordaçados... Vítimas de um claustro alegre, Muitas vezes invejável, Em alegorias, Vagantes e incólumes...
Mancha rubra, Dedos funestos, pálidos... Que margeiam uma pátria Imberbe, ainda, Balbuciante, ainda.
Escutar o murmurar De sonhos cativos Em ricos prostíbulos, Em febris cabarés, Faz da pátria criança Uma adulta sensível, Grotescamente inquieta, Em sinceros desejos Chorados como estampidos criminosos.
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