
De todas as coisas que não sei
Data 27/09/2023 15:54:19 | Tópico: Poemas
| Disfarces do caos condescendente Tolerância em níveis deturpados Hipocrisia disfarçada, cinismo indiferente É o sorriso melancólico dos renegados
O tempo é o ceifador que impera Não redime arrependimentos vazios Estamos todos em fila de espera E o perdão é o ópio dos arredios
Em faces ainda degradadas pelo vício De aquecer o egoísmo que reina É a cadência fingida desde o início Num fim mórbido que nos causa pena
Evoluindo para um abismo cético Humanizados de almas insipientes Sou um reles transeunte hermético Num silêncio frio dos inconscientes
Mentes néscias sob a sombra da injustiça Julgam-se fartas em plena ruína Arquétipos covardes fadados a preguiça Como ratos que se alimentam de estricnina
Em guerras paralelas, infames respostas Deliberadamente invalidam justas sentenças São míopes visões do ego impostas Enraizando a insignificância das indiferenças
Como se o retorno não fosse certeiro Como se a lei da vida não estreitasse os finais É que somos o erro de um Deus inteiro Dividido em substâncias nocivamente banais
Todo decreto divino está intrínseco na natureza Nenhuma barganha suborna o destino Tudo que se faz real em mim se torna incerteza Só sei que não saberei ser: sou peregrino
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