
Dois de Maio de Dois Mil e Oito
Data 08/05/2008 21:26:40 | Tópico: Poemas
| Dois de Maio de Dois Mil e Oito. Ontem podia ter-te dado o último abraço. Hoje dei-te o último beijo.
De saber-te morrer Enquanto eu empunhava a enxada, Trabalhar a terra, Como gostavas, Como sempre o fizeste... Orgulho-me porque te honra.
Honrei também o nosso nome, Tu ainda vivo, Ao grava-lo num livro, O meu com o nosso.
Não foi o filho, não foi a árvore, Foi a palavra. E por palavras ouvi as tuas histórias, Verdadeiras, guardadas na memória Do que não vi por não ser nado.
E esse último beijo Fica para sempre selado Nos meus lábios Que também eles te acarinhavam, Também com palavras.
Dois de Maio de Dois Mil e Oito, Um dia triste, marco dos seguintes.
Dois de Maio de Dois Mil e Oito, O dia que partiste; perdido o ouvinte.
02/05/2008
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