
A rotina do tempo
Data 13/07/2023 12:23:32 | Tópico: Poemas -> Desilusão
| Abriu a janela e sentiu a brisa no rosto Nuvens cobria o azul do céu Impedindo os raios de sol de aparecer Pássaros voavam alegremente pelas árvores E as borboletas no jardim O vento que tocava seu rosto Parecia dizer alguma coisa que desejava ouvir Porque um leve sorriso surgiu em seu rosto.
O sentimento apertava o seu coração E a decisão era sempre muito difícil Os melhores momentos da sua vida Aconteceram ao lado dele E lembrava dos sorrisos, das brincadeiras Do amor sincero que outrora sentia Do carinho recíproco e da paixão ardente Ao lembrar de tudo isso a dor apertava O sorriso foi-se embora aos poucos E os pensamentos voavam como os pássaros lá fora.
Depois veio a rotina do tempo As palavras vazias, às vezes mentirosas O distanciamento, o vazio existencial E tudo apontava para o fim não desejado Mas ninguém consegue lutar sozinho Quando o amor exige uma reciprocidade E a única coisa que vê é a desilusão do amor Um sentimento submerso em palavras vazias Uma busca por felicidade que estraçalha o coração.
Sente a brisa de mais um dia que começa Respira fundo o ar da decisão Olha para o quarto onde ele ainda dorme Em meio as cobertas bagunçadas Sabe que quando os caminhos não estão em sintonia Não há muito o que se fazer Então arruma suas coisas e decide partir Fecha a porta atrás de si e vai embora Apenas o tempo poderá dizer se foi a decisão certa.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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