
Pé de fulô
Data 24/04/2023 01:30:30 | Tópico: Poemas
| Lá está os pés de fulô... Ao olhar atento Vê-se tolhida Tal qual Perdida na vida Más, Simplesmente elas Resistem a qualquer Querendo viver Em qualquer Situação improvável. Minha fulô não tem Nome Nem casa Seu jardim Ninguém rega Muitas Sequer São percebidas Apesar de tão Expostas Feito meninas De rua.. Pouco conhecidas e São ignoradas Simplesmente vive Pra ninguém Numa praça Borda da calçada Sem zelo. Ela é de toda cor Gosta de viver Bem acompanhada Aqui, acolá se vê No meio fio da calçada No terreno baldio No quintal desprezado No pasto mal conservado Num sei Maís parece implicância Ou então, simplicidade Em demasia Deem o nome que quiserem Sem tem cheiro Não sei O bastante está Na beleza que apresenta Umas até desafiam A gravidade Nascem nos penhascos No pé de estátuas.. Pouco importa a altura. Vejo com frequência Bem alegres pale manhã Na virada do dia Costuma se esconder Quando estiver andando Der de cara com uma dessas Não é impulse Tem que parar E olhar Elas não fazem questão de cerimonia Gostam mesmo É de ser notadas . Não sei se exalam cheiro E se atraente Jataí Mesmo assim Tão belas Singelas e sensíveis Gosto e quero Sempre sua presença Por aqui Democráticas, libertas. Seu lugar Pode ser aqui E em qualquer lugar. Do mapa mundi...
Lizaldo Vieira Poeta ecológico
|
|