
Beijos matinais são tão doces Como beijos primaveris: Beijos e sorrisos Beijos e murmúrios, Beijos vindos d’alma Purificados no coração E adocicados pelos lábios, Lábios entumecidos e sensuais, A razão dos beijos morosos, Quem não gostaria de os beijar?! Nem os corações de ferro Abdicariam dessa doçura por nada, Pois, amaram um dia, amaram E aprovaram o sabor dos beijos E a docilidade dos lábios, Que lhes apinhavam do querer, O querer beijar, beijar sem parar No presente do amor que se foi, Foi e deixou no baú das lembranças Atadas à docilidade dos beijos. Beijos doces, quentes e húmidos, Que abraçam o coração na hora Das saudades. É tão bom ouvir o chiar dos beijos No quebrar das madrugadas, Onde impera a paixão e amor. Beijos longos e húmidos, Sabem tão bem à meia-luz do amanhecer E d’olhos semicerrados, Rimados pelo batucar dos corações, Estes, nenhum coração de ferro, Os apagaria no baú das saudades. Sem que o presente se junte ao passado Na maré das saudades, E nesta busca das almas, Virão a tona torrentes do querer, O querer beijar, beijar e repetir No presente, as vivências do passado, Carregadas de saudades presentes.
Adelino Gomes-nhaca
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