
CADA UM TEM O SEU
Data 05/05/2008 20:50:35 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Saio montado no cavalo “Roxão” alto, forte, marchador no vento e na chuva nas sacolas de plásticos espalhadas, indeterioráveis nas margens , nos riachos, nas mentes sem princípios, sem medidas no consumo incosumivel dos homens. Tropeça, resfolega e galopeia ao destino, aquele sonhado, variado com o passar dos anos mas em busca do sonho.
II Estradas quebradas e os carros acenando socorro. bêbados, em final de festa fartas e voluptuosa: um pneu, combustível uma carona à cidade mais próxima. Uma estafa devoradora aproveitando a vida E ela se encolhendo na inutilidade vã, vil, com dissabores gástricos e cardíacos contra a gana das forças genésica deturpadas.
III
Segunda feira pesada: --tomei todas e mais algumas... --que nada, tomei muito mais... Nem vi onde passei e nem quando cheguei ! Acho que ainda não cheguei... Sonhei com um cavalo roxo no caminho com um cara estendendo a mão pedindo socorro... Só acordei as oito e meia ...! Ai que dor de cabeça...! Vou ao banheiro...
I V
Os homens, plásticos de sacola me assaltam, roubam-me cospem em minha cara entopem minha estrada com lixo e pneus velhos levam o que não lhes serve, o meu sonho. De assalto em assalto seqüelam-se em dissabores ácidos com injeções doídas, contaminadas pelos sorrisos torpes, agora mordendo sua vísceras. E em pedaços se desmancham escorrem pelos lençóis e a cerâmica branca sem causa médica sem fámacos eficientes.
V
Seis horas, Schubert com a Ave Maria, apaga o sol.. A alma se reconforta. Amanhã bem cedo, forças juvenis de anos a fio ,empoeiradas, sacola de algodão nos ombros e capanga com lanches para as estradas, se arranham e rotam as roupas rasgando as brenhas de espinhos perdendo a merenda pelo furo da capanga Mas têm um sonho.
|
|