
Pateta
Data 28/03/2022 20:01:28 | Tópico: Poemas
| Andando na vida, fui pateticamente romântico quase sem limites Até onde fui e as asas destacadas de meu corpo pelas tormentas Até olhar-me fruto de todo arcabouço desta semeadura humana Percorri espaços após espaços e ouvi as perguntas sempre iguais Passei portas que fecharam às minhas costas qual fossem atalhos Uma brevidade entre um século de silêncio e me chamaram poeta Um galardão que não me fez enaltecido, mas serviu para somente Lavar as mãos da dor acumulada como se fora a poeira do tempo Foi escrevendo que pude entender o que não entendi só ouvindo Tantas crenças falsas no brilho das letras de grandes cabeçalhos Se espalham como um verdadeiro e fatal vírus a repetir a história Ninguém se volta ao espelho já baço para admitir verdades duras Dando preferência às miragens, ao certo bem mais complacentes Ninguém expõe as ideias à luz ou as submete às rédeas da justiça Mas escolhe o eufemismo que atenua erros e assim chamar de fé Sustentando toscas assertivas, qual alcandorados sopros divinais Assim cheguei à conclusão que a verdade de fato pouco importa Antes, aquilo que cada um se arvorou em verdade para ter razão Razão essa qual, a alguns tolos ou insanos, vale mais que ser feliz
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