
Fado sofrido
Data 01/05/2008 14:27:22 | Tópico: Poemas
| Por uma breia curva, apertada e turva serpenteia, obscura, a lâmina mais dura que se desembaínha de uma bicuda adivinha...
e morde-me o corpo.
Aguarda entre vozes a premonição dos algozes que, feita de desfeita, se me dá por maleita.
E morde-me o sopro.
Mas... ai! Que falhas normas de macambúzias formas se abeiram da praia onde nada se diz que caia no goto desgraçado de um coitado desalmado? No fundo, é caminho sinuoso encastrado no aço perigoso de uma arma ferrugenta que já não se aguenta.
E morde-me o todo.
Um desejo afoito veio de ter perdido o crer e morre num feio coito que escorre em água de ler por acto sem prazer.
E no fim, já me morde morto.
Valdevinoxis
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