
Consolo
Data 06/02/2022 03:06:06 | Tópico: Poemas
| A mão do tempo de alguma forma murchou as ilusões Murchou as flores que te colhi e não quiseste cuidar A tristeza na alma do poeta, a enchente de angústias Na dor sombria e erma, a distância aguda que criaste Tua voz ausente pelos cantos, despovoados da ilusão A flor outrora íntima e cheirosa que renasce espinho O último consolo cai, tal qual folhas secas e amarelas A noite arrasta seu manto, verte o derradeiro pranto A aurora já se debruça sobre os montes e cora o céu O cansaço da noite indormida, irá ocupar os espaços Estrelas vadias, uma a uma, retiram-se com os sonhos Mas tua lembrança, esse trágico devaneio, me inspira A seguir-me radiosa fazendo verter pares de lágrimas Minh’alma deserta ambiciona a paz para dias futuros A luz inoportuna do dia lembra que a faina não cessa E o amor que a tudo preenchia, doce, foi só miragem
|
|