
Ausência interminável
Data 02/08/2021 19:10:13 | Tópico: Poemas
| Paira-me uma sombra insidiosa no peito quando és ausência Na sala vazia ressoa o retrato de uma noite feliz que se foi Não consigo negar certa tristeza a desfocar os meus olhos Pois que vem da minh’alma um clamor que te anseia comigo Talvez eu queira demais de ti nesta paixão que é crescente Porque a parede dos anos não me roubou o desejo de amar Pode ser que ainda não vivas em ti a mesma porção do sonho Talvez esteja difícil crer que conquistei pessoa tão especial Mas preciso abandonar estas ideias com cheiro de abandono Aguardando que meu fogo, logo possa também incendiar-te Dispo-me destes pensamentos de angústia nesta espera de ti Para recordar que abalamos a cidade com nosso sentimento E é preciso uma busca do vocábulo correto nesta descrição Então, imagino tuas unhas riscando teu nome na minha pele E o que poderia ser dor, era só prazer de estar dentro de ti Para admirar secretamente tua geografia de montes e vales A trocar beijos sem limite e a alma de asa aberta, alçar voo Deixo-me antever, por fim, deitando a cabeça em teu peito E os pecados de nós dois expostos numa troca interminável Permito-me sentir a memória de tua pele nesse abraço final Para reviver tal sensação dos tempos impensados do poema
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