
Enigma
Data 12/05/2021 22:43:32 | Tópico: Poemas
| Decifro-te nas montanhas luares e rios.
Decifro-te na multidão indo e vindo.
Imaginas verdades em tudo o que escrevo? O amor floreceu no asfalto repleto de estrelas.
Leio poemas bordados nas roupas penduradas no varal.
Empresto sorrisos e asas.
Destemido apago o medo nas vidraças.
Na florescência da vida, renasço.
Decifro-te onde o silêncio dobra lençóis.
Há flores na estrada. Ó, ventura!
Saio vestido de palavras mesmo que elas me enganem.
Na pausa de um abraço sou pão e água no olhar faminto.
Faça-me teu consumo diário.
Encontre-me. Não escondo amantes.
Os poetas nascem com alma de anjo.
Desfio devaneios existenciais.
O amor acende estrelas no fundo do mar.
A sensibilidade desenvolve-se pelas ruas e alcança o outro lado do mundo.
O sol carrega de saudade um final de domingo.
A vento acelera a espera do amor.
Há certezas possíveis e teorias reinventadas.
O medo explora com precisão o final de tudo.
Não saberei dizer a frase inspirada no esquecimento.
Há liberdade nesse tempo controverso?
Diga que estou na tua vida. Sou a causa de tua alegria?
Para encurtar distâncias diga que me ama nas esquinas onde tocam tambores.
O percurso das mãos ascende os sentidos em cada segundo entre nós.
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