
Estranha Alma
Data 12/03/2021 20:28:05 | Tópico: Poemas
| Sou uma alma desnuda quando escrevo meus versos Minhas mãos cheiram a alfazema e assim vão morrer Quando o inverno chegar, usarei minhas meias de lã Irei recordar o cheiro perfumado destas flores lilás
Sou uma alma que desconhece limite, sangue quente ‘Oriundi’, corre em minhas veias mescla com tropical Mas nem por isso, se possível, vir perder a elegância Tenho apenas um coração para tanta dor que sinto
Sou uma alma que gosta do verão, outono demora-te Quisera fosse um lírio ou uma violeta, alma inquieta Não gosto de dormir, mas durmo facilmente também Adaptei-me ao mar, sou da terra, campo ou montanha
Sou uma alma que nada sabe, não tosca, porém, singela Gosto de carícias e afagos, gosto dos ventos do campo Penso um tanto nos sabores, nos suspiros e fragrâncias Há vezes sou sequioso comigo e minha pena não calará
O corpo morrerá, a alma seguirá a escrever seus versos.
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