
Sozinho pelas nuvens da solidão
Data 02/03/2021 18:29:24 | Tópico: Poemas
| Eu até pensei que pudesse sorrir E cheguei a afirmar que não tinha medo Doce ilusão De um coração tão perdido Na linha imaginária do tempo que se foi. Perdido em pensamentos Deixou escapar a borboleta de sua mão Mas, isso foi bom Afinal, borboletas não devem ficar presas Elas precisam voar livremente. Isso é um consolo para a alma ferida E até me faz ter um alívio momentâneo. Eu só queria esquecer tudo isso Seguir em frente sem pensar no que passou Mas, isso é quase impossível de acontecer Porque onde quer que olho vejo você. Bem que eu poderia ter previsto essa solidão Haviam sinais por onde eu caminhava Mas eu não ligava para os sinais E nem dava ouvidos a voz do coração No fundo eu queria viver sozinho pelo mundo Sem depender de atenção de quem quer que fosse. A vida é misteriosa E não sabemos nada do que pode nos acontecer Nem imaginamos o pesadelo da noite escura E os monstros escondidos debaixo da cama. Tolo sou eu em não ouvir sua voz E achar que meu caminho quem fazia era eu mesmo Ah! Se soubesse metade do que sei hoje Eu teria ficado ao seu lado naquela tarde Não teria dado os passos em falso E contentar-me-ia em contemplar os seus olhos apenas. Onde você está agora? Dentro do meu coração há um vazio Uma dor que tortura o meu ser Tolo fui eu em te perder Sem saber que no final eu não iria esquecer Tudo que um dia foi tão lindo em minha vida. Resta-me olhar o crepúsculo dos sonhos E caminhar sozinho pelas nuvens da solidão. Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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