
OUSADIA
Data 24/01/2021 14:49:45 | Tópico: Poemas
| OUSADIA No meu intimo, uma desnecessidade se aguça. Creio descomplexa, de nada ter a desdizer. Já me levo inteiro de indagações a juntar atalhos, De quem bem sabe o quanto custa o desviver.
Mas não existo o bastante se deixar de aspirar. Assim espio manhãs. Não graduo conjuras. Apraz-me compreender que uma reta contém variáveis. Meus poros se aguçam de humana envergadura.
Minhas inquietações desfiam-se visíveis. Confesso-me indisciplinado com as formalidades do risco. Em quase tudo me arde, o que suponho merecer.
E se não o sentir, não me impele o fio a tecer. Tenho dificuldades com prognósticos do viver pré-definido. Não uso decifrador de tempo, para embeber-me do instante.
Declaro-me avesso, em não desfrutar, o que o momento instaura. E quando me chega, pousa em minhas mãos, como se vindo da alma.
Carlos Daniel Dojja
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